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Um ano para o setor se recuperar

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22/04/2014

A greve da Suframa acabou em março. Mas os efeitos gerados pelos 47 dias de paralisação ainda estão longe do fim. Pelo menos é o que afirma o vice-presidente para assuntos internacionais da Associação Brasileira dos Transportadores de Cargas, Paulo Callefi. Ele avalia que os efeitos da greve ainda serão sentidos pelas empresas de transporte durante um ano.

“Posso afirmar isso. Fizemos o esforço de não demitir e seguramos o possível. Mas o tempo que as mercadorias e as carretas e contêineres ficaram parados foi muito longo. No começo do ano que vem ainda estaremos nos recuperando”, comentou. A previsão é de que demore em torno de 60 dias para o transporte de cargas voltar ao normal no Estado, mas os efeitos negativos gerados nas empresas, não.

A Fetramaz (Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia) contabilizou que os prejuízos gerados pela greve seriam de R$ 40 milhões em veículos e cargas que deixaram de ser transportadas. No auge da paralisação, 2,7 mil carretas ficaram estacionadas, das quais 1,4 mil somente com insumos, produtos e mercadorias com destino ou origem nas empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus).

Para Paulo Callefi, o “problema da Amazônia hoje é a Suframa”. Os entraves burocráticos gerados pela autarquia e constantes instabilidades pelas quais o modelo passa, como no caso da greve dos servidores e do fim do contrato com a Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica) foram destacados pelo especialista. Callefi esteve em Manaus na semana passada por conta dos preparativos da 2ª TranspoAmazônia, Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística do setor que acontece entre os dias 21 a 23 de maio no Studio 5.

Logística

Callefi destaca também os problemas encontrados nos portos do interior do Estado e nas hidrovias. “Há problemas de logística, sobretudo nos portos do interior que precisam ser revistos. Tem que ser feita a dragagem do rio Madeira e liberação dos contêineres maiores, além da formação de pilotos e equipes para Marinha e navegação fluvial. A Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) não pensa em construir eclusas, aí fazem barragens para proteger a energia e acabam prejudicando o transporte aquaviário”, critica.

Apesar das críticas, ainda faz uma avaliação positiva da logística de transporte no Estado. “As empresas privadas vêm segurando as questões [no transporte terrestre] e a situação é tranquila. O sistema aéreo também tem atendido a demanda e não temos problemas”, comenta.

2ª TranspoAmazônia

Os gargalos logísticos e alternativas ao setor de transporte devem ser apresentados na feira que ocorrerá do dia 21 a 23 de maio. O evento contará com pessoas de todas as áreas e modais que buscarão discutir soluções futuras para atender o crescimento da Amazônia. “Estamos nos reunindo com as principais autoridades e fornecedores da logística e transporte que têm referência com a região amazônica, especialmente Manaus”, destaca Callefi.

Entre as atrações será apresentado um dirigível, que pode ser utilizado como alternativa para o transporte. “Será uma das atrações da feira, e estudamos a possibilidade de utilizá-lo no transporte de mercadorias. É mais uma alternativa”, destaca. Além disso, serão realizados debates com especialistas para avaliar a questão logística do Estado, que contará com interação do público. Também será realizado o lançamento do livro “Rios, as Estradas da Amazônia”, que aborda o transporte fluvial no Estado, considerado um dos principais gargalos da região.

Fonte: JCAM

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