30/09/2014
Investimentos estruturais e tecnológicos impulsionam o setor relojoeiro do PIM (Polo Industrial de Manaus), que até o mês de julho apresentou aumento no faturamento de 4,3% de acordo com os Indicadores de Desempenho do PIM. Segundo o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, apesar de positivo, o percentual é considerado tímido e mostra que o segmento precisa de maior atenção por parte do governo brasileiro quanto a concorrência com os produtos importados.
De acordo com Périco, o segmento relojoeiro no Amazonas é promissor e apresenta um bom potencial por conta dos altos investimentos feitos pelas empresas em produtividade e tecnologia. Porém, ele destaca que a concorrência com os produtos importados inibe a competitividade dos produtos locais, prejudicando o desenvolvimento do setor. “É um setor que tem potencial mas sofre com a existência do mercado cinza, onde acontece a importação com subfaturamento. Esses produtos internacionais são vendidos mais baratos que os produzidos no polo. Isso é prejudicial”, disse.
Os indicadores de desempenho da Suframa mostram que até julho deste ano o faturamento do polo relojoeiro foi de mais de R$ 681 milhões. Enquanto no mesmo período de 2013 esse número foi de mais de R$ 652milhões. O crescimento foi de 4,3%. Para Périco, esse aumento apesar de ser positivo ainda é considerado pequeno. Ele avalia que o número crescente é resultado dos investimentos dedicados pelas fabricantes ao setor. Mas que mesmo assim o segmento precisa de maior atenção por parte dos governantes. “Esse número mostra que esse setor precisa ser melhor explorado e cuidado. O governo brasileiro tem que averiguar o que afeta a competitividade deste segmento, que consequentemente influencia na geração de empregos”, define.
Quanto ao índice de exportação, os indicadores mostram que em 2014 somente 465 relógios de pulso e de bolso foram exportados. Enquanto em 2013 esse número foi de pouco mais de 4,5 mil unidades.
Périco avalia que o Brasil ainda é despreparado para atuar no ramo das exportações. “O Brasil não está preparado para competir no mercado exterior. Não temos condições e isso reflete nas exportações. A indústria brasileira é carente por conta da falta de infraestrutura e do custo da carga tributária. A indústria de Manaus não está focada no mercado exterior e sim no doméstico. Por isso perde espaço neste segmento quanto aos similares importados”, explicou.
O presidente ainda disse que as empresas sempre projetam um aumento produtivo para atender ao período das festas de final de ano, o que consequentemente eleva o quantitativo funcional das fabricantes. Porém, ele informa que ainda não há uma previsão quanto a esse aumento e que a situação deve ser definida nos próximos meses. “Essa expectativa sempre existe mas ainda não sabemos. Existem situações que fogem do controle do investidor como por exemplo a situação econômica do Brasil e o poder de consumo da população”, frisou.
Seculus
Segundo o diretor industrial da Seculus da Amazônia S.A., Mário Cenni, o polo relojoeiro sofre os reflexos negativos da economia brasileira, assim como os demais segmentos. Ele destaca as ele-vadas taxas de juros, o câmbio desfavorável às importações de matérias-prima e a alta da infla-ção como os motivos para essa retração. “Além disso o índice de confiança dos empresários da indústria, como apontado em pesquisas da CNI (Confederação Nacional da Indústria), não se mostra animador, com quedas a cada mês desde 2013. No segmento relojoeiro não é diferente. Estamos sentindo os impactos nas vendas ao longo do ano”, disse.
Cenni ainda desconsiderou o aumento apresentado pelos indicadores de desempenho da Suframa. Ele afirma que ao avaliar a atualização dos custos e receitas em relação aos índices inflacionários obtém-se o resultado de vendas proporcionalmente inferiores às de 2013. “O aumento não é representativo pois não atualiza nem mesmo a inflação dos últimos 12 meses”.
Quanto à queda no índice de produtos exportados, o diretor é enfático ao dizer que a diminuição se deve aos custos de logística e de pessoal, acrescidos da alta carga tributária, fatores que segundo ele, inviabilizam a competição da indústria nacional no cenário mundial. “Isso acontece tanto no mercado de relógios como em todos os bens de consumo. Acreditamos que somente uma profunda desoneração será capaz de trazer os incentivos que o empresariado precisa para direcionar seus investimentos para o aumento da capacidade e da qualidade da produção, visando competitividade no mercado exterior”, analisou.
Fonte: JCAM
De acordo com Périco, o segmento relojoeiro no Amazonas é promissor e apresenta um bom potencial por conta dos altos investimentos feitos pelas empresas em produtividade e tecnologia. Porém, ele destaca que a concorrência com os produtos importados inibe a competitividade dos produtos locais, prejudicando o desenvolvimento do setor. “É um setor que tem potencial mas sofre com a existência do mercado cinza, onde acontece a importação com subfaturamento. Esses produtos internacionais são vendidos mais baratos que os produzidos no polo. Isso é prejudicial”, disse.
Os indicadores de desempenho da Suframa mostram que até julho deste ano o faturamento do polo relojoeiro foi de mais de R$ 681 milhões. Enquanto no mesmo período de 2013 esse número foi de mais de R$ 652milhões. O crescimento foi de 4,3%. Para Périco, esse aumento apesar de ser positivo ainda é considerado pequeno. Ele avalia que o número crescente é resultado dos investimentos dedicados pelas fabricantes ao setor. Mas que mesmo assim o segmento precisa de maior atenção por parte dos governantes. “Esse número mostra que esse setor precisa ser melhor explorado e cuidado. O governo brasileiro tem que averiguar o que afeta a competitividade deste segmento, que consequentemente influencia na geração de empregos”, define.
Quanto ao índice de exportação, os indicadores mostram que em 2014 somente 465 relógios de pulso e de bolso foram exportados. Enquanto em 2013 esse número foi de pouco mais de 4,5 mil unidades.
Périco avalia que o Brasil ainda é despreparado para atuar no ramo das exportações. “O Brasil não está preparado para competir no mercado exterior. Não temos condições e isso reflete nas exportações. A indústria brasileira é carente por conta da falta de infraestrutura e do custo da carga tributária. A indústria de Manaus não está focada no mercado exterior e sim no doméstico. Por isso perde espaço neste segmento quanto aos similares importados”, explicou.
O presidente ainda disse que as empresas sempre projetam um aumento produtivo para atender ao período das festas de final de ano, o que consequentemente eleva o quantitativo funcional das fabricantes. Porém, ele informa que ainda não há uma previsão quanto a esse aumento e que a situação deve ser definida nos próximos meses. “Essa expectativa sempre existe mas ainda não sabemos. Existem situações que fogem do controle do investidor como por exemplo a situação econômica do Brasil e o poder de consumo da população”, frisou.
Seculus
Segundo o diretor industrial da Seculus da Amazônia S.A., Mário Cenni, o polo relojoeiro sofre os reflexos negativos da economia brasileira, assim como os demais segmentos. Ele destaca as ele-vadas taxas de juros, o câmbio desfavorável às importações de matérias-prima e a alta da infla-ção como os motivos para essa retração. “Além disso o índice de confiança dos empresários da indústria, como apontado em pesquisas da CNI (Confederação Nacional da Indústria), não se mostra animador, com quedas a cada mês desde 2013. No segmento relojoeiro não é diferente. Estamos sentindo os impactos nas vendas ao longo do ano”, disse.
Cenni ainda desconsiderou o aumento apresentado pelos indicadores de desempenho da Suframa. Ele afirma que ao avaliar a atualização dos custos e receitas em relação aos índices inflacionários obtém-se o resultado de vendas proporcionalmente inferiores às de 2013. “O aumento não é representativo pois não atualiza nem mesmo a inflação dos últimos 12 meses”.
Quanto à queda no índice de produtos exportados, o diretor é enfático ao dizer que a diminuição se deve aos custos de logística e de pessoal, acrescidos da alta carga tributária, fatores que segundo ele, inviabilizam a competição da indústria nacional no cenário mundial. “Isso acontece tanto no mercado de relógios como em todos os bens de consumo. Acreditamos que somente uma profunda desoneração será capaz de trazer os incentivos que o empresariado precisa para direcionar seus investimentos para o aumento da capacidade e da qualidade da produção, visando competitividade no mercado exterior”, analisou.
Fonte: JCAM
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