26/04/2016
Apesar de ainda ser um setor pouco acostumado a exportações, fabricantes de elétricos e eletrônicos começam a enxergar mais o mercado internacional como principal saída para contornar a crise.
Metade dessas empresas mira o exterior, segundo pesquisa da Abinee (que representa o setor), feita em março.
O movimento é para compensar a queda do consumo interno no Brasil no último ano, de acordo com Humberto Barbato, presidente-executivo da entidade.
Em 2015, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos chegaram a um total de US$ 5,9 bilhões (R$ 20,9 bilhões), abaixo do registrado em 2014, US$ 6,6 bilhões (R$ 23,4 bilhões).
"Demissões já foram feitas. De tanto apertar o cinto, pode chegar uma hora em que as empresas não conseguirão mais respirar. Agora é o momento de aproveitar a vantagem cambial", diz Barbato.
O fabricante brasileiro tem buscado conquistar mercado em países como o México, onde há perspectiva de aumento de vendas de produtos nacionais nos próximos anos.
Em 2015, a produção da indústria eletroeletrônica caiu 21%. Trata-se do pior desempenho do setor desde 2002.
Entre as principais soluções apontadas pelo empresariado para minorar os efeitos da crise, estão a redução de custos (81%) e a busca por novos nichos de mercado (64%).
Ainda pelo levantamento, 11% das indústrias consultadas relataram outras alternativas, como automação, melhoria do processo de vendas e busca de novos clientes.
Fonte: Folha de São Paulo