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Indústria busca acordo contra greve

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31/07/2014

O Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas) e o Sinaees (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus) se reunirão hoje pela manhã na tentativa de chegar a um acordo para evitar a paralisação dos trabalhadores no Polo Industrial de Manaus. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 13,15%, porcentagem considerada alta pelos empresários, que querem fechar o acordo em apenas 6%. O local do encontro não foi informado.

Caso os sindicalistas não cheguem a um consenso, os operários prometem cruzar os braços a partir da próxima semana. Na última sexta-feira (25) o Sindmetal divulgou nota que oficializa um indicativo de greve iniciado na segunda-feira (28). No documento, o representante dos metalúrgicos, Valdemir Santana, explica que as paralisações devem acontecer em empresas que ainda serão definidas. A duração será de no máximo duas horas.

Segundo Valdemir Santana, a justificativa dada pelos patronais para a não concessão do reajuste solicitado é o fator crise econômica que assolou o país no primeiro semestre de 2014. Mas ele garante que esse motivo não será aceito e que os trabalhadores continuarão lutando pelo reajuste de 13,15%, com data-base em agosto. “Não vamos aceitar esses argumentos mas vamos discutir. As informações repassadas pelo site da Suframa mostram que somente no primeiro semestre deste ano as empresas faturaram cerca de R$ 40 bilhões. É inadmissível a tese de que eles não têm como pagar”, disse.

Santana informou que até o momento não houve paralisação por conta do aumento salarial, mas que trabalhadores das fábricas NCR Brasil e Sony paralisaram as atividades nesta semana, por cerca de uma hora, por reivindicações trabalhistas como melhor alimentação e direito ao auxílio creche. “A paralisação por conta do reajuste vai começar na segunda-feira (4)”, adiantou.

O vice-presidente do Sinaees e presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, explica que, no momento, a situação econômica não é boa para as indústrias por conta das questões mercadológicas e da queda nas vendas dos produtos fabricados na capital. Ele afirma que um aumento nos gastos com o quadro operacional pode representar risco ao faturamento empresarial. “O momento não é bom para as empresas e isso nos causa receio quando nos pedem um reajuste muito acima da inflação. É difícil mensurar os riscos”, disse.

Périco ainda afirmou que acredita que na reunião de hoje os sindicalistas possam chegar a um acordo com base na compreensão mútua. “Vamos conversar e tentar chegar a um denominador comum. Mas para isso, é preciso haver boa vontade, bom senso e responsabilidade de ambas as partes”, declarou.

As categorias que fazem parte do indicativo de greve são: aparelhos elétricos, eletrônicos, eletroeletrônicos, componentes, jogos eletrônicos e similares, informática, condutores, lâmpadas e aparelhos de iluminação.

A assessoria de comunicação da Sony Brasil negou qualquer paralisação dos trabalhadores em unidades instaladas em Manaus e ainda afirmou que a diretoria da empresa na capital não foi informada sobre as reivindicações trabalhistas citadas pelo presidente do Sindmetal.

A reportagem também tentou entrar em contato com a empresa NCR Brasil mas até o fechamento da edição não conseguiu contato pelos números de telefone da empresa.

Fonte: JCAM

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