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Greve dos caminhoneiros não afeta o Amazonas

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03/03/2015

A paralisação dos caminhoneiros chega à fase final sem registros prejudiciais à indústria e ao comércio amazonense. Segundo a Fetramaz (Federação das Empresas de Logística, Transportes e Agenciamento de Cargas da Amazônia, as cargas que saem e chegam a Manaus são transportadas pela BR-153 - rodovia Belém-Brasília, que está desobstruída. A Federação aguarda o agendamento de uma segunda reunião junto à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), caso a greve tenha continuidade. Mas ontem, a presidente Dilma sancionou, sem vetos, a nova Lei dos Caminhoneiros, que era a principal reividicação do movimento grevista.

A sanção integral era um dos pedidos dos grevistas e parte do pacote de medidas que o governo ofereceu aos caminhoneiros grevistas na semana passada. A condição para a implementação das medidas era o fim das paralisações. Apesar de ainda existir bloqueios nas estradas do país, o Planalto considera que eles são pontuais e logo terminarão.

Segundo o primeiro tesoureiro da Fetramaz e secretário do Setcam (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Amazonas), Raimundo Augusto Araújo, as 32 cargas que estavam em atraso na última semana já chegaram à capital. Ele informa que os transportes de saída e chegada a Manaus estão normalizados e que os dias de paralisação nacional não devem acarretar prejuízos futuros aos comércio e à indústria.

"Os atrasos foram normalizados e não causaram impactos aos contratos com as empresas contratantes. O transporte é feito por vias que estão livres que fazem parte da rodovia Belém-Brasília. Acredito que as empresas não devem sentir reflexos negativos devido ao desaquecimento do comércio", avalia. Na última sexta-feira (27) o presidente da Federação, Irani Bertollini, participou de uma reunião com a Confederação Nacional dos Transportes, a ANTT e as demais federações aptronais do país para discutirem melhorias para o segmento. De acordo com Araújo, as federações com as reivindicações feitas pelos manifestantes, que são autônomos e, portanto, desvinculados de qualquer órgão representativo. "Entendemos que eles pleiteiam melhorias para a categoria. O valor do diesel é uma das questões que também nos prejudica e se permanecer como está deve piorar a situação ainda mais", disse. "É preciso discutir essas questões tecnicamente. Hoje, o valor do frete não cobre os custos operacionais, principalmente no trecho Manaus/Sudeste", completa.

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, afirma que as fabricantes do PIM (Polo Industrial de Manaus) não registraram prejuízos até o momento porque boa parte delas trabalham com estoque para atender entre 60 e 90 dias. Ele explica que o estoque, geralmente, é dividido em três etapas: o existente dentro do fabricante inicial, que geralmente fica fora de Manaus; o estoque em trânsito (nas carretas); e o localizado na área interna da fábrica. "Não tivemos registro de falta de materiais em empresas. Pode ser que após alguns dias alguma fabricante sinta um certo reflexo, que logo deve ser amenizado por conta da desaceleração da produção".

O vice-presidente também disse que nos dois primeiros meses do ano houve uma queda de aproximadamente 2% na produção, em comparação ao mesmo período de 2014.

Fonte: JCAM

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