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Fornecedores inauguram novas operações no país

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21/10/2014

Fornecedores estrangeiros de tecnologia estão montando operações locais para aproveitar oportunidades do mercado nacional. A MDC, ligada ao grupo americano IIN, acaba de inaugurar uma fábrica em Manaus que vai produzir data centers móveis. A israelense Cellebrite, de soluções para dispositivos sem fio, abre em novembro uma subsidiária com 12 funcionários em São Paulo, a primeira na América Latina. A chinesa Raisecom pretende faturar até R$ 50 milhões, nos próximos três anos, no Brasil, enquanto a Dali Wireless, baseada no Vale do Silício, planeja montar escritórios de vendas e uma fábrica no país, em 18 meses.

As empresas estão de olho em programas federais para a universalização do acesso digital, no aumento crescente de redes de dados e no número de celulares inteligentes. Segundo a consultoria IDC, entre abril e junho de 2014, foram vendidos 17,9 milhões de aparelhos, sendo 13,3 milhões somente de smartphones (75%). As entregas apontam para uma taxa de venda de mais de 100 unidades por minuto, índice 22% maior que no mesmo trimestre de 2013.

A MDC, subsidiária do grupo americano IIN, montou uma planta na Zona Franca de Manaus para produzir micro data centers transportáveis. O valor do investimento não foi divulgado. O IIN opera no Brasil desde 1998, como integrador de sistemas para projetos de telecomunicações sem fio e de segurança. Atende o governo federal e a Eletrobrás. "Estamos montando uma rede de parceiros para vender os data centers", diz o CEO da MDC, Yoram Yaeli, nascido em Jerusalém, mas no Brasil há 16 anos. A expectativa é faturar R$ 50 milhões em 2014 e atingir R$ 200 milhões, em 2017.

Os data centers móveis, lançados durante a Futurecom, podem ser usados para fornecer suporte à internet em cidades de pequeno e médio porte ou comunidades afastadas dos grandes centros. São guardados em contêineres de tamanhos variáveis, de acordo com as necessidades do cliente. O menor modelo pesa 1,6 mil quilos e mede 2,40 metros de altura por 2,50 metros de largura. Dispõem de canais para conexão via satélite, rádio ou fibra. Recursos de televigilância, com câmeras, ajudam a monitorar os sistemas a distância. Custam a partir de R$ 350 mil.

"Há uma demanda de contratos por conta de programas do governo para a universalização do acesso digital", diz Yaeli. A fábrica de Manaus acaba de iniciar a produção. A meta é entregar quatro unidades por semana, atingindo a marca de 15 data centers semanais, a partir de 2016.

A Cellebrite abre em novembro uma subsidiária em São Paulo com 12 funcionários. A companhia é um braço do grupo japonês Sun Corporation, que desenvolve tecnologias para a exploração de conteúdos em smartphones e tablets. Mantém subsidiárias nos EUA, Alemanha e Cingapura. A linha de produtos à venda no Brasil também inclui sistemas usados na investigação forense para recuperar informações em celulares, mesmo que apagadas pelo usuário.

Segundo o diretor para a América Latina Marcos Moraes, a Cellebrite operava no Brasil há três anos, por meio de parceiros e funcionários ligados à matriz. "Como subsidiária, passaremos a produzir, no país, em regime terceirizado. O mercado nacional é o maior da região e um dos que mais crescem no mundo". Além da linha legal, vai oferecer soluções para transferir conteúdos entre celulares e serviços de diagnóstico remoto de aparelhos.

A empresa apresentou na Futurecom uma estação de autosserviço em que o usuário conecta o smartphone usado em uma ponta e, na outra, um aparelho novo, independentemente de marca ou modelo, para fazer a transferência da agenda, fotos e mensagens de texto. "É possível transmitir dados de um BlackBerry para um iPhone ou vice-versa". A ideia é vender o equipamento para lojas de operadoras, shopping centers e aeroportos.

A chinesa Raisecom, fundada em 1999, abriu um escritório em São Paulo há três meses. "Estamos iniciando como unidade comercial e, num segundo momento, faremos a produção local de algumas linhas", diz Dario Zipris, presidente da Raisecom Brasil, de equipamentos de rede. Dona de um faturamento mundial de US$ 250 milhões, a empresa de 2,5 mil funcionários tem um centro de pesquisa e duas fábricas na China, além de dez filiais internacionais.

No Brasil, o alvo da marca são provedores de serviços móveis e fixos e setores como utilities e transporte. "A demanda por banda larga é sempre alta, principalmente com o crescente uso de smartphones e de transmissão de vídeos". Na Futurecom, a fabricante também mostrou soluções que levam a banda larga via fibra até a casa dos assinantes. A meta de negócios no país é de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões, nos próximos três anos.

Fundada há oito anos, a californiana Dali Wireless anunciou que fará uma entrada gradual no Brasil. Em 18 meses, pretende investir em escritórios de vendas e de serviços, por meio de parceiros, além de fabricação local.

Fonte: Valor Econômico

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