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Exportações para Mercosul

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27/08/2014

A venda de produtos brasileiros para os países do Mercosul retrocedeu 8,7% na comparação de janeiro a julho com o ano anterior, reduzindo a participação nas exportações para o bloco de 12,1% para 11,1%.

O principal motivo para a queda nos negócios é a decisão do governo argentino de dificultar a entrada de mercadorias estrangeiras no país. Terceiro maior parceiro comercial do Brasil, a Argentina diminuiu suas compras em 22,1%, com exportações de US$ 8,7 bilhões nos primeiros sete meses de 2014.

A principal vítima na diminuição do comércio com a Argentina é a indústria automobilística brasileira. Automóveis (-36,42%), veículos de carga (-26,68%), motores (-33,62%), peças e componentes (-29,52%) e tratores (-43,19%) tiveram queda significativa nas vendas. O crescimento em minério de ferro (8,49%) e óxido e hidróxido de alumínio (22,98%) foram insuficientes para compensar as perdas.

O menor volume de exportações para a Argentina contrasta com o aumento nas compras de Venezuela, Uruguai e Paraguai.
As exportações para o mercado venezuelano aumentaram 7,4%, totalizando US$ 2,5 bilhões. A principal beneficiada foi a indústria alimentícia brasileira, com carne bovina e de frango, leite e derivados, e arroz na relação dos dez itens mais negociados.

Com o Paraguai, as vendas tiveram um salto de 9,8% e somam US$ 2 bilhões. Já no Uruguai, a expansão chegou a 65,2% e atingiu o valor de US$ 1,7 bilhão.

Futuro


A Argentina colocou em prática neste mês um novo cerco contra as importações de mercadorias. Está em vigor desde o dia 1º uma espécie de "malha fina" para os importadores.

Uma nova instrução da Afip (Administração Federal de Ingressos, a Receita Federal da Argentina) estabeleceu que todas as autorizações para importar serão bloqueadas por até dez dias para avaliar se existe "inconsistências" na documentação.

Se houver desconfiança, serão investigados tempo de funcionamento da empresa, valor agregado à mercadoria, se os produtos são efetivamente importados depois de pagos e etc. Todo esse processo pode atrasar as importações em até 70 dias.

O objetivo oficial é impedir que as empresas "falsifiquem" importações para mandar dólares para fora pelo câmbio oficial, que é mais favorável que o paralelo.

As novas regras, no entanto, também podem ser utilizadas para fechar o cerco às importações, especialmente se o "calote iminente" da dívida argentina anunciado ontem se mantiver. Com o default, os investidores vão se afastar do país e a falta de dólares vai se agravar.

Fonte: JCAM

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