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Economistas e lideranças da Zona Franca querem indicação técnica para a Suframa

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24/04/2015

Entidades representativas do Amazonas são contrárias à escolha de um nome político para comandar a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e defendem uma escolha técnica. A divergência nasceu no momento em que o nome da ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP) apareceu entre as figuras políticas cotadas para o cargo.

Desde 2001, a Suframa teve três superintendentes efetivos que foram Ozias Monteiro Rodrigues (2001), Flávia Grosso (2003) e Thomaz Nogueira (2012). Apesar das indicações políticas, todos tinham perfil técnico. Flávia e Ozias foram funcionários de carreira.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, avaliou que a indicação de um nome político gera preocupação entre as entidades de classe empresarial da região, porque, além de não ter conhecimento sobre as atividades da Suframa, o político indicado enfrentaria dificuldades para arrumar a casa.

O dirigente observou que um cargo como o de superintendente da Suframa não deve ser ocupado por políticos, uma vez que, na sua opinião, a maioria não é preparada para exercer a função.

Ele salienta ainda que, não seria positivo fazer essa indicação na atual conjuntura do país, quando se vê diversos escândalos de corrupção envolvendo políticos.

“Está na hora de passar a limpo as coisas do país e, principalmente do Estado. A Suframa deve ser gerida por um técnico e, de preferência, que conheça suas atividades”, declarou.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, compartilha da mesma opinião. Para ele, um cargo com o grau de importância da Suframa deveria ser comandado por um técnico.

“Uma vez que se coloca um político como gestor pode comprometer toda a função do órgão, pois ele não tem conhecimento técnico para gerir as mais diversas situações que podem ocorrer dentro do órgão”, frisou.

Representatividade e relevância


Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, a pessoa que deveria assumir a Suframa tem que ter o conhecimento técnico sobre a autarquia e a região.

Segundo ele, é importante que entenda a representatividade do órgão e a relevância de suas operações para o Amazonas e para a região Norte. Segundo o dirigente, o novo superintendente não deveria ser uma pessoa com vinculação política para determinar as questões sobre o modelo Zona Franca.

Périco destacou que o Cieam não tem nada contra a escolha de um nome político para o cargo da Suframa, porque não cabe à instituição apoiar ou recusar o nome de alguém.

Mas, salientou que, no entendimento das entidades de classe do Estado, se fosse uma pessoa técnica e de carreira ficaria mais fácil gerir as atividades da autarquia. “A decisão não é nossa e qualquer um que seja escolhido para ser superintendente terá nosso apoio e a nossa cobrança”, enfatizou.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, declarou que os funcionários da autarquia irão aceitar “de braços abertos” o indicado para o cargo de superintendente, independe de indicação meramente política ou técnica.

Segundo ele, a entidade continuará na defesa das reivindicações dos trabalhadores.

“A pessoa indicada será bem recebida, assim como já recebemos anteriormente tantos os da casa quanto os de fora”, informou.

Belchior salientou que a indicação do novo superintendente é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro Neto, e que ao Sindicato só interessa defender os servidores independente do nome indicado para comandar a Suframa.

Para o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, não importa se o cargo é político ou técnico, o importante é que a pessoa que assuma a autarquia tenha experiência até mesmo para valorizar o órgão. Além de ser comprometida com o anseio do comércio e da indústria local.

“Não fazemos distinção, mas precisamos de pessoas de conhecimento para alavancar a verdadeira função da Suframa, que é um órgão de desenvolvimento”, frisou.

Fim da letargia


O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) disse que Rebecca é ex-parlamentar, com oito anos de mandato e economista. Portanto, seria uma pessoa capacitada e gabaritada para o cargo. No entanto, ele salientou que, quanto à sua nomeação para a Suframa, a ele não cabe dizer absolutamente nada.

“Essa é responsabilidade adquirida nas urnas pela presidente Dilma Rousseff. Nós que somos da oposição vamos cobrar resultados”, disse.

Economista de profissão, Serafim ressaltou que, agora, o que não pode continuar é a letargia atual da Suframa. Conforme o parlamentar, essa instabilidade é muito ruim.

“Entendo que o cargo é técnico, mas nada impede que um político, que tenha conhecimentos técnicos possa a vir exercê-lo. A Rebecca é uma pessoa competente, preparada, com experiência política e empresarial, além de economista. A mim só cabe aguardar o nomeado”, concluiu.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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