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Economia brasileira terá queda de 2,9% neste ano, o pior resultado desde 1990, prevê CNI

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08/10/2015

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou mais uma vez para baixo as estimativas para o crescimento da economia e da indústria deste ano. Com o aprofundamento da recessão, a previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) caia 2,9% em 2015, o pior resultado desde 1990. A indústria é o setor mais afetado pela deterioração da economia. O PIB industrial fechará o ano com queda de 6,1%. Será a segunda redução anual consecutiva do PIB industrial, que encolheu 1,2% em 2014.

O setor de serviço terá uma retração de 2% e a agropecuária crescerá 2,4%. As novas previsões estão no Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (8). "O ambiente de instabilidade se completa com inflação anual próxima de 10% e grande volatilidade nos mercados de câmbio e juros", diz o Informe.

De acordo com o estudo, o investimento, que já havia caído 4,4% no ano passado, terá uma redução de 13,4%. Com isso, a taxa de investimento cairá de 19,7% do PIB em 2014 para 17,6% do PIB neste ano. Segundo a CNI, isso é resultado da retração estimada em 9,5% da indústria de transformação, importante consumidora de máquinas e equipamentos. Além disso, a indústria da construção, responsável por mais da metade do investimento no Brasil, encolherá 8,2%.

"O menor investimento também está associado ao aumento da taxa básica de juros, que reduz a expectativa de demanda e aumenta o custo de oportunidade do capital, aos desdobramentos da operação Lava Jato e ao ambiente de incertezas provocado pelas dificuldades de se aprovar parte das medidas que compõem o ajuste fiscal em tramitação no Congresso Nacional", observa o Informe Conjuntural.

O consumo das famílias diminuirá 2,3%, puxado pelo aumento dos juros, do desemprego e da inflação. Em função das dificuldades de caixa do setor público, a CNI projeta queda de 1,7% no consumo do governo em 2015.

Equilíbrio das contas públicas


Na avaliação da CNI, a recuperação da economia depende do reequilíbrio das contas públicas. "Sem um ajuste fiscal crível, que assegure aos agentes econômicos a percepção de uma trajetória sustentável da dívida pública, não haverá a retomada das condições de estabilidade econômica, indispensáveis à recuperação do crescimento", diz o Informe Conjuntural.

O estudo destaca que o ajuste fiscal tem duas dimensões: o orçamento da União de 2016 e o equilíbrio fiscal de longo prazo. "Os cortes de gastos promovidos – realizados e anunciados até agora – são insuficientes para reverter a situação. É necessário ir além e rever os critérios das despesas obrigatórias. É preciso implantar mecanismos efetivos de contenção do gasto público, com a eliminação de formas automáticas e mandatórias de aumento de despesas", avalia a CNI.

Além disso, é preciso melhorar o ambiente de negócios e dar mais segurança jurídica aos investidores. "Finalmente, é preciso redefinir a estratégia brasileira de inserção internacional. A tendência de grandes acordos, como a recente concretização da Parceria Transpacífica (TPP), cria dificuldades adicionais aos produtos brasileiros no mercado externo e exigem maior ousadia na estratégia de negociações internacionais", recomenda o estudo.

Fonte: Portal da Indústria (CNI)


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