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Dois anos e meio depois de convênio, ruas do Distrito Industrial acumulam buracos

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28/07/2015

Dois anos e meio depois da assinatura do convênio entre a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) e a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) para realização das obras de recuperação das ruas do Distrito Industrial, os buracos ainda são a vitrine daquela região da cidade que abriga a maioria das fábricas do Polo Industrial.

O convênio no valor de R$ 104,5 milhões, foi assinado no dia 28 de dezembro de 2012, para a recuperação de 56 quilômetros de vias do Distrito Industrial. Desse valor R$ 86,5 milhões seriam usados na revitalização da área pioneira do Distrito, o chamado Distrito I, e R$ 18 milhões na área de expansão, o Distrito II. A previsão era revitalizar 36 ruas, sendo 33 da área pioneira e três da expansão.

O superintendente da Suframa à época Thomaz Nogueira, disse, por ocasião da assinatura do convênio, que a previsão era concluir o asfaltamento em dois anos. Os trabalhos foram iniciados em junho de 2013, mas dois meses depois de iniciadas, os obras foram paralisadas porque a Controladoria Geral da União questionou a licitação e o projeto básico da obra.

Os trabalhos só foram retomados em novembro de 2013. Em entrevista coletiva, para anunciar a retomada das obras, o superintendente Thomaz Nogueira criticou a Prefeitura de Manaus e disse que a responsabilidade pela recuperação das ruas do Distrito Industrial era do município. Nogueira chegou a dizer que o DI não era um condomínio fechado. O prefeito Arthur Virgílio Neto reagiu e disse a responsabilização da prefeitura era "uma leviandade".

No último sábado, 25, a equipe do AMAZONAS ATUAL foi às ruas do Distrito Industrial e constatou que os buracos ainda estão mais vivos do que nunca.

Transtorno no trânsito


Para tentar contornar a situação de buracos, moradores do local apelam para soluções paliativas, que não resolvem o problema por muito tempo. "A gente já fez o que pôde. Sempre jogamos cascalho nos buracos, mas a chuva cai e leva tudo embora", disse Jorge Melo, mecânico que trabalha na Avenida Buriti.

Das 33 vias que fazem parte do Distrito Industrial, a Avenida Buriti é a que está em pior estado de conservação, segundo os próprios moradores e trabalhadores da área. Os buracos apresentam risco não somente para os condutores, mas também para os pedestres, que ficam expostos a atropelamentos, uma vez que os carros são obrigados a realizar manobras em zigue-zague e a trafegar na contramão em alguns trechos. Não raro que os veículos subem nas calçadas para escapar de entrar nas valas. "No horário de pico fica muito arriscado, eles (motoristas) fazem manobras arriscadas, entram pela contramão e sobem a calçada. Já cansei de ver casos de atropelamento aqui", disse Girley Jesus Garcia, trabalhador do distrito na área de injeção plástica.

A situação de constantes acidentes é confirmada pelo taxista Jimmy Assis, que trabalha em um ponto na avenida Buriti. Ele também aponta prejuízo com a manutenção de seu veículo. Os problemas no carro, segundo ele, são causados pela situação precária das vias. "Nós ficamos a mercê desses buracos. Meu carro tem seis meses e já vou ter que trocar o pivô, bieleta e a suspensão", reclamou.

Além do risco de morte e danos materiais, os buracos também atrapalham a logística de carregamento e descarregamento das indústrias. Caminhoneiros reclamam que demoram bem mais do que deveriam ao trafegar pelas ruas da área. "Mais ou menos uma hora a mais de viagem. A carreta grande precisa manobrar devagar para passar pelo buraco, as vezes a gente acaba entrando em um para não fechar um carro menor. É uma situação chata", disse o caminhoneiro Daniel de Meira, que admitiu. já ter se envolvido em acidentes de trânsito no local.

Cobrança


Em um evento de empresários realizado há uma semana, o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, cobrou uma solução do representante da Prefeitura de Manaus, o secretário de Finanças, Ulisses Tapajós. "Aquilo ali tem buraco que não acaba mais. Alguém tem que dar uma solução. Ou a Prefeitura de Manaus, ou o governo do Estado em conjunto com a Suframa, mas tem que resolver, porque atrapalha os negócios de quem investe no Estado", disse o empresário.

A assessoria da Suframa limitou-se a responsabilizar a Seinfra e disse que a responsabilidade pela recuperação das vias é do Governo do Estado.

A assessoria de comunicação da Seinfra foi contactada mas até o fechamento da reportagem  não havia respondido

Fonte: Amazonas Atual

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