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Demissões caem quase 34% no Polo Industrial Manaus durante 1º semestre

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25/07/2016

Mais de 10 mil trabalhadores foram demitidos neste ano, diz Sindmetal. Cieam afirma que redução das demissões não é indício de recuperação

Apesar da instabilidade política e econômica do país, o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou redução de quase 34% do número de demissões de trabalhadores das fábricas no primeiro semestre de 2016. O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) alerta que a queda do volume de trabalhadores demitidos ainda não é um indício de recuperação do setor industrial.

No primeiro semestre de 2015 houve registro de 15.487 demissões de trabalhadores do Polo Industrial de Manaus. No mesmo período deste ano, o volume de desligamentos foi de 10.234, o que representa uma queda de 33,9% no comparativo semestral. Os dados são do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM).

A queda das demissões começou ser registrada de forma mais expressiva entre os meses de abril, maio e junho deste ano. No primeiro trimestre foram demitidos 6.955 trabalhadores, enquanto no segundo trimestre o volume de demissões foi menos da metade (3.279 desligamentos).

A Moto Honda da Amazônia foi uma das empresas que mais demitiu funcionários no PIM no semestre. Ao todo, 843 trabalhadores foram dispensados pela multinacional em Manaus. A Moto Honda realizou Programa de Demissão Voluntária (PDV) e teve a adesão de mais 500 funcionários até início de abril. A meta era atingir 300 colaboradores. A fábrica Honda prevê uma queda de 20% em sua produção de motocicletas nos próximos meses. A montadora japonesa divulgou que não previa mais demissões para os próximos meses.

De acordo o presidente do Cieam, Wilson Périco, as demissões no Polo Industrial de Manaus continuam ocorrendo. "Ainda não é uma recuperação. Continua reduzindo o número de trabalhadores e diminuindo de uma base ainda menor de postos de trabalho. Não queremos ser pessimista, mas não podemos nos enganar. Estamos percebendo uma sinalização de estabilização na crise, ou seja, parou de cair, mas não está melhorando", avaliou Périco.

Setores

No primeiro semestre deste ano, os fabricantes de eletroeletrônicos do PIM foram mais impactados pela crise econômica do país, se comparado com primeiros seis meses de 2015. Já o setor de Duas Rodas, que reúne montadores e fabricantes de motocicletas, há cinco anos enfrenta queda na produção.

"O setor de Duas Rodas, há cinco anos, vem sentido uma queda da produção industrial, mas queda mais sensível foi no setor de eletroeletrônico", acrescentou o presidente do Cieam.

Segundo Périco, as previsões para produção industrial no Polo de Manaus ainda não são otimistas para o segundo semestre de 2016. "A produção vai depender do mercado. Precisamos da garantia que a onda do desemprego parou para que as pessoas possam voltar a consumir e depois com aumento da demanda gerar a necessidade de ampliação da produção e voltar gerar empregos. Aí haverá uma recuperação", explicou o presidente do Cieam.

Fonte: G1.com

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