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Com alta de 70%, Amazonas tem 5ª maior taxa de desocupação, diz IBGE

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24/02/2017

Em 2016, a retração na economia refletiu diretamente na oportunidade de ocupação do amazonense. No Amazonas, foi registrado o aumento de 70% na quantidade de pessoas desocupadas - pessoas aptas para o trabalho, mas que não encontraram vagas formais -, na comparação com o último trimestre de 2015 e 2016. O índice é o quinto maior do Brasil. Ao todo, foram 107 mil pessoas desocupadas, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (23).

A perda dos postos de trabalho influenciou na redução do poder de compra dos amazonenses. Houve uma queda de 14,5% na massa de rendimento real, na comparação entre o último trimestre dos dois últimos anos. Isto significa que R$ 359 milhões deixaram de ser injetados na economia do Estado.

“A gente percebeu uma redução do poder de compra dos trabalhadores, isto porque houve uma redução do valor pago dos salários médios para todos os grupos de atividades pesquisados. Tanto indústria, construção, comércio, serviço, houve redução na média de salário”, disse o chefe do IBGE no Amazonas, José Ilcleson Coelho.

De acordo com dados apontados pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD- Contínua), a taxa de desocupação do Amazonas no último trimestre de 2016, foi de 14,8%. Se comparado ao mesmo trimestre de 2015, quando a taxa atingiu 9,1%, a variação foi de 5,7 pontos percentuais.

"A taxa de 14,8 é a quinta maior taxa de desocupação no país. Na região Norte é a segunda maior taxa de desocupação, ficando atrás apenas do Amapá", afirmou José Ilcleson.
Nos três últimos meses de 2015, a quantidade de pessoas sem exercer atividade remunerativa era 153 mil. No mesmo período de 2016, o número saltou para 261 mil pessoas.

A pesquisa registrou também um crescimento real de 49,5% no número de pessoas desocupadas, se levado em consideração a média anual de 2015 e 2016. A média em 2016 foi de 240 mil, em 2015 foi de 161 mil, em 2014 foi de 128 mil e em 2012 foi de 152 mil.

“Observando as pesquisas mensais do comércio, do serviço, de produção industrial, apresentam resultados negativos, redução da atividade econômica e esta é uma das explicações para que a gente tenha tanto uma elevação na taxa de desocupação, quanto uma redução dos níveis de renda dos trabalhadores”, disse o chefe do IBGE.

Setores que mais empregam

Os indicadores apontam que os setores que mais empregaram no último semestre de 2016 foram a agricultura, o comércio e a indústria, com 571 mil postos.

Contudo, dos três setores, a agricultura destacou-se por apresentar crescimento. Em 2015 eram 301 mil pessoas ocupadas e em 2016 foram 309 mil. Já a indústria registrou queda de 11 mil postos e o comércio de 2 mil.

O setor que apresentou a maior queda na quantidade de empregou foi a Construção, com 20 mil postos a menos. No último trimestre de 2015 foram 114 mil e em 2016 reduziu para 94 mil.

José Icleson apontou que estados do Amazonas, Amapá e Maranhão apresentaram a maior perda de postos de trabalho com carteira assinada. Foram menos 32 mil, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2016.

“Isso é um reflexo do momento econômico que o país e que o nosso estado vive. A gente teve uma redução das pessoas no trabalho formal e consequentemente mais pessoas andamento para a informalidade, sem carteira assinada”, explicou.

Rendimento médio

Apesar da agricultura ter se destacado como a atividade que mais empregou em 2016, foi também a que pior remunerou seus trabalhadores, atingindo R$ 499. Seguido dos trabalhadores domésticos com R$ 706.

Já a administração pública teve remuneração média de R$ 2,757,00, seguida do setor de informação que atingiu R$ 1.899,00.

Fonte: G1.com

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