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Chinesa Traxx cresce em meio à crise no setor

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08/10/2015

Em meio à retração do mercado de motos, a chinesa Traxx espera crescimento em torno de 16% para este ano. A companhia deve apostar em modelos mais potentes e também na chamada "cinquentinha", de apenas 50 cilindradas.

"Temos sentido a crise, mas com a entrada de novos modelos vamos conseguir aumentar nosso volume de vendas", afirmou ao DCI o gerente comercial da Traxx, Zoghby Koury.

Subsidiária da China South Industries Group (CSIG), uma das maiores montadoras do país asiático, a Traxx monta motocicletas na Zona Franca de Manaus. Segundo Koury, os produtos da empresa têm preço justo.

"Por isso conseguimos manter o nosso nível de vendas", afirma. No ano passado, a montadora comercializou 24 mil unidades no País. Para este ano, a estimativa é de que as vendas alcancem 28 mil unidades. "A crise afeta, sim, a marca. Porém, estamos entrando em novas categorias que devem ampliar a nossa fatia", acrescenta Koury.

Ele afirma que, no ano passado, a participação de mercado da empresa, no Brasil, era de 1,8%. Para este ano, a expectativa é conseguir entre 2% e 2,6% de market share.

"Para o tamanho do mercado brasileiro, trata-se de uma participação bem significativa", destaca o executivo.

Mercado retraído


Neste ano, as vendas do setor devem recuar cerca de 10% em relação a 2014, quando o mercado já havia apresentado retração. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção também deve cair neste ano.

"A situação vem se deteriorando já há algum tempo", afirmou nesta semana o presidente da entidade, Marcos Fermanian. Ele conta que o setor não esperava o desempenho registrado até agora. "As vendas de agosto e setembro têm se mostrado em níveis que não experimentávamos há muito tempo", pondera.

Segundo o dirigente, a queda foi ainda maior no segmento de baixa cilindrada, em que o poder de compra e a aprovação de crédito são decisivos no momento de adquirir uma motocicleta. "Cerca de 80% das nossas vendas são de motos abaixo de 150 cilindradas", diz.

E é exatamente neste segmento que a Traxx é mais representativa. "Trabalhamos com empréstimo consignado, consórcio e até cartão de crédito", revela Koury.

Segundo ele, as motos comercializadas pela empresa custam a partir de R$ 3,6 mil e vão até R$ 9 mil.

Um dos modelos de entrada da marca no País, a "cinquentinha", possui motor de 50 cilindradas com apelo de baixo custo de manutenção e economia de combustível. A Traxx garante que o tanque de cinco litros do veículo possui autonomia de até 200 quilômetros. Outra aposta da montadora para o mercado brasileiro é o nicho de 250 cilindradas.

Sobre o impacto do aumento do dólar nas operações da montadora, Koury afirma que a matriz consegue compensar este efeito. "A variação da moeda norte-americana não é tão forte para nós", comenta.

Fonte: DCI

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