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Acordos salariais no Amazonas perdem da inflação

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22/09/2016

As negociações salariais coletivas do Amazonas com vigência a partir de agosto ficaram, em média, 0,6% abaixo da inflação, resultado mais favorável ao trabalhador em relação à média do País, segundo o levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve como parâmetro para os acordos trabalhistas, acumula alta de 9,6% até agosto. Dos 22 casos de negociações no Estado, quatro tiveram pagamento do reajuste parcelado e sete acordos estabeleceram teto para o reajuste fixado em R$ 1,5 mil.

No País, as negociações salariais de agosto fecharam com uma média de reajuste de 4% abaixo da inflação. Mais da metade das negociações ficaram abaixo do INPC.

Segundo o coordenador da pesquisa, Hélio Zylberstajn, o resultado desfavorável para os trabalhadores é reflexo da situação econômica atual e tem duas causas. A primeira é a inflação acumulada, que ainda está muito alta. “Uma empresa que se dispõe a repor a inflação tem que dar aumento de 9,6%, o que é muita coisa”, disse.

O segundo fator é que o País está em plena recessão, e os sinais de recuperação ainda não se mostraram, disse Zylberstajn, que é professor da Universidade de São Paulo (USP). “Recessão e inflação alta tiram dos trabalhadores o poder de barganha”, destaca.

Zylberstajn disse, ainda, que a pesquisa usa o INPC, referente às famílias com renda de até cinco salários mínimos (R$ 4.400). Os dados para o levantamento foram extraídos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Do total de 597 negociações, 162 trataram de reajustes e 141, de pisos salariais. Dos acordos que pediam ajustes, 17 resultaram em redução de jornada acompanhada de diminuição de salários, sendo um pelo Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

“Dois anos atrás, a gente vivia quase o pleno emprego. Então, os trabalhadores conseguiram aumentos reais, acima da inflação. Hoje, a situação é inversa. Quando vai se reverter essa situação? Quando a atividade econômica for retomada, o que vai demorar”, afirmou Zylberstajn.

De acordo com Zylberstajn, em tempos de recessão, o empregador que oferecer aumento aos funcionários não conseguirá repassá-lo aos preços de seus produtos e serviços, já que o mercado não tem condições de absorver aumentos.

Fonte: Portal D24am.com

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