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No Distrito Industrial, motoristas continuam se virando como podem em via tomada por buracos

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03/02/2016

“É um absurdo! Só vão querer consertar a via quando acontecer um acidente grave. A situação aqui fica pior quando chove: a água acumula e forma uma lagoa que esconde os buracos. Já vi muitos carros caindo dentro”. Este é o desabafo de Ericsson Oliveira, 33, encarregado de obras e morador do bairro Japiim que fala das péssimas condições em que se encontra a avenida Buriti, uma das principais vias do Distrito Industrial 1, Zona Sul da capital.

Os riscos existem tanto para condutores quanto para pedestres, devido à grave situação da via - tomada por verdadeiras crateras que ocupam uma área muitas vezes maior do que de uma faixa para veículos. Motoristas que diariamente trafegam pela avenida enfrentam um trânsito complicado, que piora quando há a necessidade de desviar dos buracos. Além disso, os condutores amargam prejuízos com reparos e manutenção que precisam ser realizadas com mais frequência do que o normal.

É o caso de Elenilson França, de 25 anos, que há oito anos trabalha como motorista de transporte alternativo. Ele relata que a situação já se arrasta há anos e por conta dos buracos os problemas só aumentaram.

“A situação aqui já está assim há muito tempo. Essa buraqueira faz com que o trânsito em horário de pico fique com engarrafamento quilométrico. Além disso, os buracos acabam com o carro e trazem muitos prejuízos financeiros. Praticamente de três em três dias eu tenho que fazer uma manutenção básica no carro, muitas vezes até preciso trocar peças quebradas”, disse.

Como o fluxo de carros é intenso naquela área, principalmente nos horários de pico, os motoristas se viram como podem na pista: carros invadem a contramão, caminhões e ônibus precisam fazer manobras arriscadas e motociclistas convivem com o medo de serem arremessados ao chão, tudo isso para desviarem da buraqueira que toma conta da via.

Esta é a situação também descrita por Ademir Barbosa Correia, coordenador da empresa Distrito Rádio Táxi e que já presenciou diversas colisões entre veículos no local. “É um verdadeiro descaso com a população. Os carros ficam revezando para ver quem passa por esse pedaço porque praticamente só resta um metro e meio de asfalto na pista. Será que vão deixar a via ficar totalmente no barro para tomar uma providência?”, indagou.

Ele afirma que várias reportagens já foram feitas no local e diversas promessas já foram realizadas, mas até o momento ninguém resolveu a situação em definitivo. “Aqui já houve até vítimas fatais, um carro foi desviar do buraco e jogou uma senhora para baixo do ônibus. Esse trecho aqui ta abandonado, esqueceram de vez. Nós aqui da cooperativa nos unimos e tiramos dinheiro do nosso próprio pra comprar carradas de aterro para colocar nos buracos, mas quando chove a água leva tudo”, contou.

Para Ericsson Oliveira, o mesmo que desabafou no início desta matéria, é difícil conviver com este problema principalmente para os motoristas que não conhecem a pista.

“Quando está seco aqui ainda dá pra passar, desviando dos buracos, mas quando chove fica muito complicado porque a água cobre tudo. Quem conhece a pista ainda tenta desviar, mas quem não conhece acaba tendo prejuízo com o carro. Não importa de quem é a responsabilidade de reparar o problema, alguém tem que resolver, isso é obrigação dos órgão responsáveis” disse.

Posicionamentos

Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) informou que foi realizado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a Prefeitura de Manaus, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Ministério Público para tentar resolver este impasse.

"Através desse termo, ficou acordado que a Prefeitura se responsabilizaria pela manutenção das vias assim que a Suframa entregasse recuperado o sistema viário da área. Houve um destrato unilateral por parte da Suframa, impedindo que houvesse a execução do trabalho", conclui a nota.

Já a Suframa informou por meio de sua assessoria que historicamente tentou colaborar para a resolução dessa questão. Uma das iniciativas mais recentes nesse contexto foi o convênio entre a autarquia e a Seinfra, o qual, devido a falhas em sua execução, teve que ser rescindido, em outubro de 2015, objetivando atender às recomendações dos órgãos de controle.

“É válido esclarecer ainda que a competência pela manutenção do sistema viário do Distrito Industrial de Manaus não é da Suframa, mas a autarquia tem atuado e continuará atuando dentro de suas limitações legais no sentido de buscar entendimentos com a Prefeitura de Manaus e demais órgãos e entes pertinentes, a fim de viabilizar recursos e parcerias que possibilitem resolver essa questão de fundamental importância para a sociedade, a comunidade empresarial e a economia regional", finalizou a nota.

Fonte: Portal Acríica.com.br

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