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Sindframa anuncia ingresso de representação no MPF contra fiscais da Sefaz

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03/07/2015

O Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa) anunciou que vai entrar com uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) contra a atuação incorreta dos auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) no desembaraço das mercadorias. O trabalho dos servidores do Estado na autarquia federal teve início após liminar judicial movida pela indústria para contornar os prejuízos da greve.

A direção do Sindframa disse que os fiscais do Estado desconheciam o sistema da Suframa. "O certo é fazer uma fiscalização das mercadorias em conjunto. Os (fiscais) da Sefaz nas notas fiscais e nós, verificando se elas têm o benefício fiscal. Tudo para que não haja fraude", disse o presidente do sindicato, Anderson Belchior.

De acordo com o sindicalista, as carretas que estão no canal vermelho deveriam ser fiscalizadas, o que não está ocorrendo. "A área operacional não está sendo realizada do jeito que deveria ser feito, pois, os fiscais da Sefaz estão deixando passar", disse. Por essa razão, o Sindframa informou que vai entrar com uma representação no MPF.

A greve foi provocada após a presidente Dilma Rousseff vetar trechos da Medida Provisória (MP) 660/15, que equiparava os salários da Suframa aos dos demais órgãos federais.

Greve fortalecida e atraso no despacho


Questionado se a atuação dos fiscais da Sefaz enfraqueceu a greve, Belchior disse que a medida fortaleceu o movimento. "Os auditores da Sefaz vieram para cá desembaraçar as mercadorias, mas não sabiam mexer no sistema, ou seja, desconheciam o nosso trabalho. Acredito que eles viram que nós somos importantes para o funcionamento da Suframa", disse.

De acordo com o presidente do sindicato, por causa da atuação inicial dos auditores da Sefaz, o despacho das mercadorias atrasou. "Eles não estavam liberando nada, porque não sabiam realizar o nosso trabalho e descumprindo a determinação judicial. Viemos aqui despachar as mercadorias, porque estava ficando tudo acumulado", disse.  

Belchior contestou o desabastecimento de mercadorias, conforme anunciaram as entidades da indústria e do comércio, ao citar que o Sindframa está acompanhando todos os dias a rede varejista e atacadista da cidade, verificando se está faltando produtos nas prateleiras. "Hoje (quinta-feira) mesmo fomos em quatro rede de supermercados, dois do varejo e dois do atacado, e observamos que não há um desabastecimento de alimentos. Temos provas documentais de que todas as mercadorias tidas como essenciais estão sendo liberadas de imediato", disse, acrescentando que, nos próximos dias, estarão verificando a rede de drogarias. "Nós estamos cumprindo todos os itens processuais para cumprimento da greve. O Ministério Público Federal (MPF) atestou isso", disse.

Setcam protesta contra Sindframa


O secretário do Sindicato das Empresas de Agenciamento Logística e Transportes Aéreos e Rodoviários de Cargas do Estado do Amazonas Augusto Neto (Setcam) rebateu o Sindframa. "Essa greve está causando um prejuízo muito grande. Hoje temos cargas paradas na Zona Franca de Manaus com 30 dias", disse.

Com mais de 40 dias de greve, a categoria criticou a atuação do governo para solucionar o impasse. "O governo federal só trouxe uma proposta de transformar a Suframa em uma agência executiva, mas para o reajuste do nosso salário, não", disse Belchior.

Pela quarta vez, o Congresso adiou a apreciação dos vetos presidenciais à MP 660, o que deverá ocorrer no próximo dia 14, conforme ficou decidido na sessão de quinta-feira. "O presidente da Câmara já declarou apoio (a derrubada do veto), mas ainda não conseguiu por causa dessa manobra política e imoral", disse Belchior.

Fonte: Portal D24am.com

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