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Suframa gasta R$ 5,7 milhões para pagar servidores em greve há 42 dias

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02/07/2015

Os servidores em greve da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) receberam os salários de junho normalmente, com o pagamento mensal bruto da folha de R$ 5,79 milhões. A paralisação dos 530 funcionários, que completa 42 dias, começou a desabastecer a indústria e o comércio, afeta a arrecadação do Estado e contribui para aumentar as demissões provocadas pela crise na economia, denunciam as entidades de classe.

O salário médio do servidor é de R$ 2.726,84, para os cargos com escolaridade de Ensino Médio. Para os que ocupam funções de nível Superior, a média salarial é R$ 5.334,90. A greve, por tempo indeterminado, foi decidida após a presidente Dilma Rousseff vetar o item da Medida Provisória (MP) 660/2014, que equiparava os salários da autarquia aos de outros órgãos federais. Em fevereiro do ano passado, os servidores também realizaram uma greve que durou mais de 40 dias.

Sem a atuação dos funcionários, o desembaraço de mercadorias e notas fiscais está prejudicado. De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), há 200 mil notas fiscais retidas com prejuízos de R$ 1,8 bilhão.

O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) aponta aumento do número de 1,3 mil carretas na fila para liberação. Como resultado, os componentes para abastecer as linhas de produção da indústria ficam retidos e o comércio também está com estoques afetados pela falta de liberação das cargas, aponta a Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-M).

Legalidade


A direção da Suframa decidiu não entrar na Justiça Trabalhista com uma ação para questionar a legalidade do movimento. De acordo com o superintendente em exercício, Gustavo Igrejas, a assessoria jurídica avaliou que os funcionários seguiram todos os trâmites exigidos para entrar em greve.

Os servidores garantem que cumprem as regras de disponibilizar 30% do quadro funcional para o trabalho e asseguram que o desembaraço continua normal para cargas prioritárias, como medicamentos, alimentos da cesta básica, perecíveis e materiais odontológicos e médico-hospitalares.

"A greve não foi considerada ilegal nem abusiva. Fizemos tudo conforme a legislação determina", disse o diretor do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Sidney Nunes. Para o sindicalista, as indústrias estão com as linhas de produção paralisadas pela queda da produção resultante do desaquecimento da economia e das férias coletivas. "A Suframa não está retendo remédio. Não temos mercadoria retida por mais de dez dias em cumprimento da determinação judicial. Se falta mercadoria não é por conta da greve", disse.

Sem pessoal, salas e corredores da autarquia ficam vazios


Com a greve, o cenário na sede do órgão é de total paralisação, com salas e corredores vazios. Só há movimentação e burburinho quando entra em pauta a matéria sobre os salários, como ocorreu na manhã desta quarta-feira.

Pelo menos cem servidores estiveram no auditório da Suframa para assistir a transmissão da sessão da Câmara Federal, que apreciaria os vetos presidenciais à MP 660, inclusive o relativo à equiparação salarial da Suframa com os demais ministérios. Ao saberem que a sessão fora adiada pela quarta vez por falta de quórum e uma nova data foi marcada, para o próximo dia 14, os grevistas saíram do auditório e deixaram novamente a sede da autarquia federal vazia.

À tarde, o Sindframa convocou uma entrevista coletiva com a imprensa, nesta quinta-feira, para comentar a ausência de proposta por parte do governo federal, a liberação das cargas essenciais, o cumprimento da legislação e ainda sobre a atuação dos auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para ajudar no desembaraço das mercadorias de forma permanente, conforme anunciou, na terça-feira, o governador José Melo.

Fonte: Portal D24am.com

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