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Cieam anuncia ingresso de ação contra greve dos servidores da Suframa

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21/05/2015

O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) definiu que irá ajuizar uma ação coletiva contra a greve dos servidores Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Decisão aconteceu durante assembleia geral extraordinária da entidade envolvendo empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) na tarde desta quarta-feira (20).

“Entendemos e somos solidários aos pleitos dos servidores da Suframa. No entanto, temos que defender os direitos de nossos associados, motivo pelo qual a ação está sendo discutida. Isso não tem nada contra o movimento dos servidores, mas entendemos que a sociedade não pode ser penalizada pela falta de bom senso e entendimento do Governo Federal para com os servidores”, afirmou o presidente da Cieam, Wilson Périco.

Essa é a segunda vez que o Cieam ingressa com uma ação para evitar greve dos servidores da Suframa. Durante a paralisação do ano passado, um mandado de segurança foi impetrado no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região pelo Centro da Indústria, para pedir a liberação das mercadorias destinadas ao processo fabril, que foram retidas em função da greve dos servidores da autarquia.

Périco lembra que existem outras ameaças de greve que podem afetar o PIM, como a dos auditores da Receita Federal, dos fiscais agropecuários e dos fiscais da Anvisa. “O ano de 2015 já aponta com retração para o Polo Industrial de Manaus. Essas questões podem agravar ainda mais essa situação. Estamos atentos e buscaremos todas as formas de evitar um impacto ainda maior aos investimentos feitos no PIM, assim como aos empregos gerados por esses investimentos”, concluiu.

Greve na Suframa


Os servidores da Suframa entrarão em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (21). A decisão foi tomada após a presidente Dilma Rousseff vetar o item da Medida Provisória 660/2014,  que equiparava os salários dos trabalhadores do órgão a servidores de outras esferas federais. A alegação da presidente é a inconstitucionalidade do item, uma vez que o Congresso não pode propor matéria que cause impacto no Orçamento. De acordo com a Constituição Federal, esse tipo de ato deve partir do Poder Executivo.

Segundo os grevistas, com exceção de medicamentos e alimentos perecíveis, apenas 30% das mercadorias que entram na Zona Franca de Manaus e áreas de livre comércio serão liberadas pelos servidores, em atendimento à legislação. Os servidores também programam um rodízio de trabalho, para atender a necessidade mínima de funcionamento de 30% dos serviços.  

A última greve realizada pelos servidores da Suframa - com o mesmo objetivo - foi iniciada em 19 de fevereiro do ano passado e encerrou em 31 de março do mesmo ano. "Na última greve, tivemos várias reivindicações, como reestruturação da carreira e a recuperação de algumas unidades centralizadas. Um ano depois, nada mudou. Dessa vez, deixamos as reivindicações administrativas para focar somente na questão da reestruturação da carreira", afirmou Anderson Belchior, presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa).

De acordo com ele, a greve só irá acabar quando houver uma sinalização de que a reivindicação será atendida, seja do Congresso, derrubando o veto presidencial, ou do Palácio do Planalto, propondo uma matéria que atenda aos anseios dos trabalhadores. “O Governo Federal nos chamando pra editar uma medida, ou os parlamentares derrubando o veto, a gente sai da greve”, ressaltou Belchior.

Fonte: Portal D24am.com


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