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Prejuízo diário de R$ 422,5 mi

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19/05/2015

A greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), prevista para começar nesta quinta-feira (21) deve agravar mais ainda o cenário caótico em que se encontra o Polo Industrial de Manaus, que acumula queda de 20% na produção, demite pessoal e corta custos.

Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, sem o trabalho dos servidores as fábricas do PIM podem ter prejuízo diário de US$ 104 milhões por dia, o equivalente a R$ 422,5. Este número é baseado no faturamento mensal médio de aproximadamente US$ 3 bilhões.

O dilema se agrava quando o PIM acumula 8,8 mil demissões homologadas este ano e há 15 fábricas dando férias coletivas aos funcionários para evitarem novas demissões.

"Com a Suframa em greve, e produção industrial vai piorar, mais a situação. Temos 10 a 15 empresas e férias coletiva dada a situação econômica que estamos vivendo. Tudo que entra para o Amazonas ela passa obrigatoriamente pela liberação da Suframa, ou seja, impacta no setor produtivo, na área comercial, nos serviços. Compromete emprego, renda, arrecadação, ainda mais inflação alta, custos de produtos maiores. Realmente temos um cenário muito nebuloso", avalia Azevedo.

A greve aprovada no dia 15 de maio tem o apoio de 530 servidores, 30% devem ser mantido em serviços essenciais, como prevê a lei, explica o presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior. As principais atividades afetadas serão o internamento de mercadoria e insumo para comércio e indústria e o acompanhamento de projetos industriais, executados por analistas de nível superior, como economistas, engenheiros e auditores.

"Só no ano passado enviamos R$ 300 milhões em taxas para o governo. O pacto orçamentário prevê R$ 32 milhões com a nossa carreira. A Suframa é superavitária. Nós continuamos com superávit, arrecadação maior que nosso gasto; somos uma autarquia diferenciada, mas queremos ser tratados como os outros", desabafou.

Suframa e MDIC não se pronunciam


Enquanto isso, a Suframa respondeu que não irá se posicionar oficialmente sobre a greve, visto que todas as tratativas estão sendo tomadas para enfrentar a questão.

O Ministério do Planejamento informou que a Suframa não faz parte da mesa nacional de negociações salariais, de responsabilidade do MDIC que, até o fechamento desta edição, não havia enviado resposta.

O estopim para a greve veio depois que a presidente Dilma Rousseff vetou a restruturação de carreira dos servidores da Suframa, contida na Medida Provisória 660. Agora os servidores da autarquia reinvidicam equiparação salarial aos servidores do MDIC que ganham R$ 15 mil mensal.

Fonte: Jornal A Crítica

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